terça-feira, 9 de junho de 2009

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Zeus




Zeus é o rei dos deuses, soberano do Monte Olimpo e deus do céu e do trovão. Os seus símbolos são o relâmpago, a águia, o touro e o carvalho. Além da sua herança obviamente indo-europeia, o clássico "amontoador de nuvens", como era conhecido, também tem certos traços iconográficos derivados de culturas do antigo Oriente Médio, como o ceptro. Zeus era frequentemente mostrado pelos artistas gregos numa de duas poses: ereto, inclinando-se para a frente, com um raio na sua mão direita, ou sentado em pose majestosa.

Zeus era filho de Crono e Gaia, o mais novo dos seus irmãos. Na maioria das tradições ele era casado com Hera - embora, no oráculo de Dodona, a sua consorte seja Dione, com quem, de acordo com a Ilíada, teve uma filha, Afrodite. É conhecido pelas suas aventuras eróticas, que resultaram em muitos descendentes, entre deuses e heróis, como Atena, Apolo e Artémis, Hermes, Perséfone (com Deméter), Dionisio, Perseu, Héracles, Helena, Minos e as Musas (com Mnemósine). Com Hera teria tido Ares, Hebe e Hefesto.

O seu equivalente na mitologia romana era Júpiter, e na mitologia etrusca era Tinia. Já se especulou sobre uma possível ligação com Indra, divindade da mitologia hindu que também tem um raio como arma.

Zeus sempre foi considerado um deus do tempo, com raios, trovões, chuvas e tempestades atribuídas a ele. Mais tarde, ele foi associado à justiça e à lei. Havia muitas estátuas erguidas em honra de Zeus, a mais magnífica era a sua estátua em Olímpia, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Originalmente, os Jogos Olímpicos eram realizados em sua honra.

Durante muito tempo quem governou a Terra foi Urano (o Céu). Até que foi destronado por Cronos, filho de Urano e pai de Zeus. Então Urano profetizou que Cronos também seria destronado por um de seus filhos. Cronos era casado com Réia, e quando os seus filhos nasciam ele devorava-os. Assim aconteceu com Hera, Hades, Posídon, Héstia e Deméter. Quando nasceu o sexto filho, Gaia decidiu salvá-lo.

Zeus cresceu alimentado pela cabra Amalteia. Quando ela morreu, ele usou a sua pele para fazer um escudo conhecido por Égide. Logo Gaia retorna ao Palácio de Cronos, local onde Reia e seu esposo viviam e enrola em panos uma pedra e começa a fingir um parto, depois dá ao seu marido esse embrulho e ele o engole achando ser o sexto filho.

Quando chegou à idade adulta enfrentou o pai. Zeus disfarçou-se de viajante, dando-lhe a Cronos uma bebida que o fez vomitar todos os filhos que tinha devorado, agora adultos. Após libertar os irmãos, iniciou a guerra Titanomaquia. Cronos procurou os seus irmãos para enfrentar os rebeldes, que se reuniram no Olimpo. A guerra duraria 100 anos até que seguindo um conselho de Gaia, Zeus liberta os Hecatônquiros, então os deuses olímpicos venceram e aprisionaram os titãs no Tártaro, em outras versões aprisionaram-os embaixo de montanhas. Então partilhou-se o universo, Zeus ficou com o céu e a Terra, Posídon ficou com os oceanos e Hades ficou com o mundo dos mortos.

Hera

Na mitologia grega Hera é a deusa equivalente a Juno, na Mitologia romana, irmã e esposa de Zeus, deusa dos deuses, que rege o casamento. Retratada como majestosa e solene, muitas vezes coroada com os polos (uma coroa alta cilíndrica usada por várias deusas), Hera pode ostentar na sua mão uma romã, símbolo da fertilidade, sangue e morte. A vaca, e mais tarde, o pavão eram animais relacionados com ela.

Retratada como ciumenta e agressiva, odiava e perseguia as amantes de Zeus e os filhos de tais relacionamentos, tanto que tentou matar Hércules quando este era apenas um bebê. O único filho de Zeus que ela não odiava era Hermes e sua mãe Maia, porque ficou surpresa com a sua inteligência. Possuía sete templos na Grécia. Mostrava apenas seus olhos aos mortais e usava uma pena do seu pássaro para marcar os locais que protegia. Hércules destruiu os seus sete templos e, antes de terminar a sua vida mortal, aprisionou-a num jarro de barro que entregou a Zeus. Depois disso, ele foi aceito como deus do Olimpo. Hera era muito vaidosa e sempre quis ser mais bonita que Afrodite, a sua maior inimiga.

Posídon



Na mitologia grega, Posídon também conhecido como Poseidon ou Possêidon, assumiu o estatuto de deus supremo do mar. Também era conhecido como o deus dos terramotos e dos cavalos. Os símbolos associados a Posídon com mais freqüência eram o tridente e o golfinho.

A origem de Posídon é cretense, como atesta seu papel no mito do Minotauro. Na civilização minóica era o deus supremo, senhor do raio, atributo de Zeus no panteão grego, daí o acordo da divisão de poderes entre eles, cabendo o mar ao antigo rei dos deuses minóico.

Como primeiro filho de Cronos e Gaia era um dos principais deuses do Olimpo e, de acordo com certas tradições, é irmão mais velho de Zeus. Primordialmente Zeus terá obrigado o seu pai Cronos a regurgitar e restabelecer a vida aos filhos que este sistematicamente engolia, e entre os salvos está Posídon, explicando assim Zeus como o irmão mais novo.

Posídon fora criado entre os Telquines, os demónios de Rodes. Quando atinge a maturidade, ter-se-á apaixonado por Hália, uma das irmãs dos Telquines, e desse romance nascem seis filhos e uma filha, de nome Rodo, daí o nome da ilha de Rodes.

Numa famosa disputa entre Posídon e Atena para decidir qual dos dois seria o padroeiro de Atenas, ele atirou uma lança ao chão para criar a fonte da Acrópole. Entretanto, Atena conseguiu superá-lo criando a oliveira.

Hades

Hades filho de Cronos e de Gaia, irmão de Zeus e Posídon. Segundo a lenda, o poder de Hades, Zeus e Posídon era equivalente. Hades era um deus de poucas palavras e o seu nome inspirava tanto medo que as pessoas procuravam não pronunciá-lo. Era descrito como austero e impiedoso, insensível a preces ou sacrifícios, intimidativo e distante. Invocava-se Hades geralmente por meio de eufemismos, como Clímeno (o Ilustre) ou Eubuleu (o que dá bons conselhos). Seu nome significa, em grego, o Invisível, e era geralmente representado com o elmo mágico que lhe dava essa habilidade, que ele ganhou dos ciclopes quando participou da titanomaquia contra os titãs. No fim da luta contra os titãs, vencidos os adversários, Zeus, Posídon e Hades partilharam entre si o universo, Zeus ficou com o céu, e a terra, Posídon ficou com os mares e Hades tornou-se o deus do inferno e das riquezas.

Era também conhecido como o Hospitaleiro, pois havia sempre lugar para mais uma alma no seu reino. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, Hades não é o deus da morte, mas sim do pós-morte. Apenas Ares e Cronos estão relacionados com a prática da morte. Assim, Hades não é inimigo da humanidade, como o são Ares e Cronos. O deus raramente deixava seu mundo e não se envolvia em assuntos terrestres ou olímpicos. Deixou o seu reino apenas duas vezes; uma para raptar Perséfone, a quem tomou como esposa e outra para curar-se, no Olimpo, de uma ferida provocada por Héracles.

Atena



Atena é a deusa grega da sabedoria, do ofício, da inteligência e da guerra justa.. Frequentemente é associada a um escudo de guerra, à coruja da sabedoria ou à oliveira.

Zeus apaixonou-se por Métis, tendo sido ela a sua primeira esposa. Contudo, foi advertido por sua avó Gaia de que Métis lhe daria um filho e que este o destronaria, assim como ele destronou Cronos e, este, Urano. Amedrontado, Zeus resolveu engolir Métis. Para tanto, utilizou-se de um fabuloso truque. Convenceu a sua esposa a participar numa brincadeira divina, na qual cada um deveria transformar-se num animal diferente. Métis, desta vez, não foi prudente, e transformou-se numa mosca. Zeus aproveitou a oportunidade e engoliu-a. Todavia, Métis já estava grávida de Atena, e continuou a gestação na cabeça de Zeus, aproveitando o tempo ocioso para tecer as roupas da sua vindoura filha.

Um dia, durante uma guerra, Zeus sentiu uma forte dor de cabeça, e Hefesto, o feio deus ferreiro e do fogo, deu-lhe uma machadada na cabeça, de onde Atena saiu já adulta com elmo, armadura e escudo. Atena tornou-se a deusa mais poderosa, ensinou aos homens praticamente todas as atividades, como caça, pesca, uso de arco-e-flecha, costurar (algo que ela fazia como ninguém),dançar, e, como tinha saído da mente de Zeus, a sua marca é a inteligência.

Atena deveria ter se tornado a nova rainha do Olimpo, mas como era mulher, Zeus permaneceu no poder. Há lendas que dizem que Zeus evitava o nascimento normal de um filho com as habilidades de Atena, para não ser destronado.

Atena também é muitas vezes vista segurando em uma das mãos uma pequena imagem de Niké, a deusa da vitória.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Apólo

Apolo, filho de Zeus e Leto, e irmão gémeo de Ártemis, deusa da caça, era um dos mais importantes e multifacetados deuses do Olimpo. Nas mitologias grega, romana e etrusca, Apolo foi identificado como o deus da luz e do sol, da verdade e da profecia, do pastoreio, do tiro com arco, da beleza, da medicina e da cura, da música, da poesia e das artes.

A partir do século III também foi identificado com Hélios, deus do sol, pois era antes o deus da luz, e por paralelismo a sua irmã foi identificada com Diana, a deusa da lua. Mais tarde ainda, foi conhecido principalmente como uma divindade solar.

Sendo o patrono do Oráculo de Delfos, era o deus dos adivinhos e profetas. Sua ligação com a Medicina se fazia pelo seu poder de atrair pragas e a morte súbita, e também através de seu filho Asclépios. Possuindo no mito um rebanho de gado, era o deus dos pastores e defensor dos rebanhos e manadas. Protegia os colonos em terras estrangeiras, liderava as Musas e era o diretor de seu coro. Recebendo de Hermes a lira, firmou sua posição como o deus da Música, e era homenageado com uma forma especial de hino, o peã. Finalmente, Apolo é o deus dos jovens rapazes, ajudando na transição para a idade adulta. Assim, ele é sempre representado como um jovem, frequentemente nu, para simbolizar a pureza e a perfeição.

Apolo representa a harmonia, a moderação, a ordem e a razão, em contraste complementar a Dionísio, o deus do extase e da desordem.

Artémis

Na Grécia, Ártemis era uma deusa ligada inicialmente à vida selvagem e à caça. Durante os períodos Arcaico e Clássico, era considerada filha de Zeus e de Leto, irmã gêmea de Apolo; mais tarde, associou-se também à luz da lua e à magia. Em Roma, Diana tomava o lugar de Ártemis, frequentemente confundida com Selene ou Hécate, também deusas lunares.

O seu mito começa logo à nascença. Ao ficar grávida, a sua mãe incorreu na ira de Hera que a perseguiu a ponto de nenhum lugar, com receio da deusa rainha, a querer receber quando estava preste a dar à luz. Quando finalmente na ilha de Delos a receberam, Ilítia, filha de Hera e deusa dos partos, estava retida com a mãe no Olimpo. Letó esperava gêmeos, e Ártemis, tendo sido a primeira a nascer, revelou os seus dotes de deusa dos nascimentos auxiliando no parto do seu irmão gêmeo, Apolo. Também é conhecida como Cíntia, devido ao seu local de nascimento, o monte Cinto.

Deusa da caça e da serena luz, Ártemis é a mais pura e casta das deusas e, como tal, foi ao longo dos tempos uma fonte inesgotável da inspiração dos artistas. Zeus, seu pai, presenteou-a com arco e flechas de prata, além de uma lira do mesmo material (seu irmão Apolo ganhou os mesmos presentes, só que de ouro). Todos eram obra de Hefesto, o Deus do fogo e das forjas, que era um dos muitos filhos de Zeus, portanto também irmão de Ártemis. Zeus também lhe deu uma corte de Ninfas, e fê-la rainha dos bosques. Como a luz prateada da lua, percorre todos os recantos dos prados, montes e vales, sendo representada como uma infatigável caçadora.

Afrodite

Afrodite (em grego, Αφροδίτη) era a deusa grega da beleza e do amor. Originário de Chipre, o seu culto estendeu-se a Esparta, Corinto e Atenas. Foi identificada como Vênus pelos romanos.

Ares

Na mitologia grega, Ares (grego Antigo: o Ἄρης, ρης grego moderno [pronome "áris"]) é filho de Zeus (o soberano dos deuses) e Hera. Embora muitas vezes tratado como o deus Olimpo da guerra, ele é mais exatamente o deus da guerra selvagem, ou sede de sangue, ou matança personificada.

Hefesto

Hefesto ou Hefaísto (em grego: Ήφαιστος), era um deus da mitologia grega, filho de Hera e Zeus, conhecido como Vulcano na mitologia romana. Era a divindade do fogo, dos metais e da metalurgia, conhecido como o ferreiro divino. Hefesto foi responsável, entre outras obras, pela égide, escudo usado por Zeus em sua batalha contra os titãs. Construiu para si um magnífico e brilhante palácio de bronze, equipado com muitos servos mecânicos. De suas forjas saiu Pandora, primeira mulher mortal.

Casou-se com Afrodite (Vênus em Roma), porém ela lhe foi infiel, tendo vários amantes dentre eles deuses e mortais. O seu principal rival era Ares (chamado de Marte em Roma), deus da guerra. Outra versão do mito conta que Afrodite o amava realmente, e suas traições refletiam as outras faces do amor (i.e. ela lhe queria causar ciúmes, ou tinha desejos passageiros), e uma terceira ainda fala que ele divorciou-se de Afrodite e casou-se com as Cárites (ou a Cárite). Atenas, cidade que dava valor ao artesanato, estimava-o.

Hermes

Na mitologia grega, Hermes era o deus correspondente ao Mercúrio romano, e também era mensageiro, psicopompo ou intérprete da vontade dos deuses, (daí o termo hermenêutica). Era um dos 12 deuses do Olimpo. Filho de Zeus e de Maia, nasceu na Arcádia, revelando logo extraordinária inteligência. Conseguiu livrar-se das fraldas e foi à Tessália, onde roubou parte do rebanho guardado por seu irmão Apolo, escondendo o gado em uma caverna. A seguir voltou para o berço, como se nada tivesse acontecido. Quando Apolo descobriu o roubo, conduziu Hermes diante de Zeus, que o obrigou a devolver os animais. Apolo, no entanto, encantou-se com o som da lira que Hermes inventara e ofereceu em troca o gado e o caduceu. Mais tarde, Hermes inventou a siringe (flauta de Pã), em troca de que Apolo lhe concedeu o dom da adivinhação. Foi famoso também por ser o único filho que Zeus tivera que não era filho de Hera, que ela gostou, pois ficou impressionada pela sua inteligência.

Dionísio

Dioniso era o deus grego equivalente ao deus romano Baco, das festas, do vinho, do lazer e do prazer. Filho de Zeus e da princesa Semele, foi o único deus filho de uma mortal.

Ocorreu que Hera, que sentiu ciúme de mais uma traição de Zeus, instigou Semele a pedir ao seu amante (caso ele fosse o verdadeiro Zeus) que viesse ter com ela vestido em todo seu esplendor, em outras versões lhe pediu que a mostrasse sua verdeira forma. Semele então pediu que Zeus atendesse a um pedido seu, sem saber qual seria, em algumas versões, ela o fez fazer uma promessa pelo Estige, o voto mais sagrado, que nem mesmo os deuses podem quebrar. Ele concordou e quando soube do que se tratava imediatamente se arrependeu. Uma vez concedido o pedido teria que cumpri-lo. Ele então voltou ao Olimpo e colocou suas vestes maravilhosas (ou demonstrou sua verdadeira forma), já sabendo de o que ocorreria. De fato, o corpo mortal de Semele não foi capaz de suportar todo aquele esplendor, e ela virou cinzas.

Eros

Eros (Cupido, no panteão romano) era o deus grego do amor. Hesíodo, na sua Teogonia, considera-o filho de Caos, portanto um deus primordial. Além de o descrever como sendo muito belo e irresistível, levando a ignorar o bom senso, atribui-lhe também um papel unificador e coordenador dos elementos, contribuindo para a passagem do caos ao cosmos. Posteriormente foi considerado como um deus olímpico, filho de Afrodite e de Zeus, Hermes ou Ares, conforme as versões. Tendo, certa vez, Afrodite desabafado com Métis, queixando-se que seu filho continuava sempre criança, a deusa da prudência lhe explicou que era porque Eros era muito solitário. Haveria de crescer se tivesse um irmão. Antero nasceu pouco depois e, Eros começou a crescer e tornar-se robusto.

Eurínome

Eurínome foi a princípio o protótipo da Deusa Criadora grega e a mais importante divindade dos pelasgos, o povo que ocupou a região da Grécia em tempos pré-históricos antes da invasão jónica e dórica. O seu nome quer dizer algo como "aquela que governa de longe", e o seu culto espalhou-se por todo o Mediterrâneo, servindo de base para a maioria das Religiões da área. Ela está associada ao mar e dentre os títulos atribuídos a ela, alguns são a Grande Deusa, Mãe Primordial, a Criadora do Universo, a Governante, Deusa do Universo, Deusa de Tudo, e Aquela Que Se Move Na Eternidade. Na Suméria ela era conhecida como Iahu 'Anat, que significa "pomba sublime".

Eurínome tinha um templo em Arcádia de difícil acesso que era aberto apenas uma vez por ano. Se peregrinos penetrassem no santuário, iriam encontrar a imagem da Deusa como uma mulher com um rabo de cobra, presa com correntes de ouro. Nesta forma, Eurínome do Mar era considerada a mãe de todos os prazeres.

Urano

Urano era um deus grego que personificava o céu. Foi gerado espontaneamente por Gaia (a Terra). Casou com a sua mãe, que lhe deu por filhos (e irmãos) os titãs, os Ciclopes e os Hecatonquiros (seres gigantes de 50 cabeças e 100 braços). Urano odiava os seus filhos, por isso mantinha todos presos no interior de Gaia. A terra então instigou os seus filhos a revoltarem-se contra o pai. Cronos, o mais jovem, assumiu a liderança da luta contra Urano e, usando uma foice oferecida por Gaia, castrou o seu pai e atirou os seus testículos ao mar. O sangue de Urano, ao cair na terra (por uns, dito que do sangue de Urano derramado sobre a vagina de Gaia), nasceram os Gigantes, as Erínias e as Melíades. Cronos atirou os testículos de Urano ao mar, o que formou uma espuma de esperma, de onde brotou Afrodite, a deusa do amor. Urano continuou a deitar-se com Gaia todas as noites, mas agora não podia fecundá-la.

Tártaro

Assim como Gaia era a personificação da Terra e Urano a personificação do Céu, Tártaro era a personificação do Inferno.

O Tártaro é personificado por um dos deuses primordiais, nascidos a partir do Caos. Suas relações com Gaia geraram as mais terríveis bestas da mitologia grega, entre elas o poderoso Tifão.

Óreas

Na mitologia grega, Óreas é um deus primordial, que personifica as montanhas, filho de Gaia, a deusa da Terra. Óreas tal qual seus irmãos Urano e Pontos, foi gerado espontaneamente. Óreas foi derrotado por Éther na antiga era primordial.

Nix

A deusa grega Nyx era a personificação da noite. Uma das melhores fontes de informação sobre aquela deusa provém da teogonia de Hesíodo. Muitas referências são feitas a Nyx naquele poema que descreve o nascimento dos deuses e deusas gregos. A explicação é simples. A Noite desempenhou um papel importante no mito como um dos primeiros seres a vir à existência.

Hesíodo afirma que a Noite era irmã do Caos, o que a torna uma das primeiras criaturas a emergir do vazio. Isso significa que Nyx era irmã de algumas das mais antigas divindades da mitologia grega, incluindo Erébo, Gaia e Tártaro. Dessas forças primordiais sobreveio o resto dos deuses e deusas gregas. E Nix era responsável por dar origem aos filhos divinos.

Nyx deu origem a um número de crias. Algumas dessas crianças da Noite eram Éris (a Discórdia ou Altercação), as moiras (Cloto, Lachesis e Atropos), Némesis, a ética, as queres, a miséria,os sonhos e os irmão gémeos Hypnos (Deus do sono) e Thanatos (Deus da morte). Conquanto esses seres nasceram de deusas isoladas, sem um pai, Nyx também teve filhos do deus Erebus. Dele, a divindade deu à luz Éther, o ar e Hemera, o Dia.

Hemera

Na mitologia grega, Hemera – filha de Nix (a noite) com Erebo (deus da escuridão) – era a personificação do dia (a deusa é interligada ao facto mitológico de poder ter sido a primeira deusa a representar o sol). Teve um romance com seu irmão Éther e com ele teve uma filha, Tálassa. Unida a este, também gerou seres não antropomorfizados: Tristeza, Cólera, Mentira, etc. A lista de Higino atribui-lhe como filhos: Oceanus, Témis, Briareu, Giges, Estérope, Atlas, Hipérios, Saturno (Pierre Grimal coloca a versão latina ao invés de Cronos), Moneta, Dione e as três Fúrias. Hemera personificava a luz do dia e o ciclo da manhã. Nasceu junto de Ether e das Hespérides. Era personificação do dia como divindade feminina. Algumas tradições colocam Éther e Hemera como pais de Urano e de Gaia — logo como a semente de quase todos os deuses gregos. Mais tarde, passou a compor o séquito de Hélios ao lado das Hespérides. Era também guardiã das fronteiras, entre o mundo onde chegava a luz e o mundo das sombras.

Gaia

Gaia era a deusa da Terra, como elemento primordial e latente de uma potencialidade geradora quase absurda. Segundo Hesíodo, ela é a segunda divindade primordial, nascendo após Caos.

Tal como Caos, Gaia parece possuir uma natureza forte, pois gera sozinha, Urano, Pontos e as Montanhas. Hesíodo sugere que ela tenha gerado Urano com o desejo de se unir a alguém semelhante a si mesma em natureza. Isso porque Gaia personifica a base onde se sustentam todas as coisas, e Urano é então o abrigo dos deuses "bem-aventurados".

Com Urano, Gaia gerou os 12 Titãs, após, os Ciclopes e os Hecatônquiros (Gigantes de Cem Mãos). Sendo Urano capaz de prever o futuro, temeu o poder de filhos tão grandes e poderosos e os encerrou novamente no útero de Gaia. Ela, que gemia com dores atrozes sem poder parir, chamou seus filhos Titãs e pediu auxílio para libertar os irmãos e se vingar do pai. Somente Cronos aceitou. Gaia então tirou do peito o aço e fez a foice dentada. Colocou-a na mão de Cronos e os escondeu, para que, quando viesse Urano, durante a noite não percebesse sua presença. Ao descer, Urano, para se unir mais uma vez com a esposa, foi surpreendido por Cronos, que atacou-o e castrou-o, separando assim o Céu e a Terra. Cronos lançou os testículos de Urano ao mar, mas algumas gotas caíram sobre a terra, fecundando-a. Do sangue de Urano derramado sobre Gaia, nasceram os Gigantes, as Eríneas e as Melíades.

Euríbia

Segundo a mitologia grega, Euríbia era uma uma divindade marinha primordial.

Era filha de Pontos" o Mar (Mediterrâneo)" e Gaia "a Terra", e tinha como irmãos Nereu, Fórcis, Taumas, Halia e Ceto.

Euríbia casou-se com o titã Crios e engendrou poderosas forças da natureza: Astreu (possivelmente Éolos, o deus dos ventos ), Pallas (a Belicosidade) e Perses (a Destruição).

A Teogonia de Hesíodo sugere que Euríbia é uma divindade que rivaliza com outras em beleza, todavia seu nome indica o aspecto de uma força da natureza: euri "grande" bias "violência".

Hesíodo ainda oferece uma característica singular sobre Euríbia, ela possuia entranhas de aço. Euríbia pode personificar as forças incontidas dos mares como os maremotos e tsunamis, isso reflecte-sese na natureza dos seus filhos, poderosos e violentos.

Érebo

Segundo a Teogonia, Érebo ou Erebus era a personificação da escuridão; precisamente o criador das Trevas. Tinha seus domínios demarcados por seus mantos escuros e sem vida, predominando sobre as regiões do espaço conhecidas como “Vácuo” logo acima dos mantos noturnos de sua irmã Nix, a personificação da noite.

Sendo um dos filhos de Caos, Erebus juntamente de sua irmã gêmea Nix nasceram de cisões assim como se reproduzem os seres unicelulares; a partir de "pedaços" de Caos, Erebus e Nix passam a ser os mais velhos imortais do universo, logo após de Caos.

Erebus desposou Nix, gerando mais duas divindades “primórdias”; o Éther (conhecido como a Luz celestial) e Hemera (o Dia).

Erebus foi conhecido por ser um dos maiores inimigos de Zeus, conta-se que os Titãs pediram socorro a Erebus e pessoalmente o primórdio havia descido até o Tártaro para libertar os filhos de Gaia, porém foi surpreendido por Zeus e Hades que tiveram a ajuda de Nix para lançar Erebus nas profundezas do rio Aqueronte a fronteira dos dois mundos.

Na medida em que o pensamento mítico dos gregos se desenvolveu, Erebus deu seu nome a uma região do Hades por onde os mortos tinham de passar imediatamente depois da morte, para entrar no Hades. Após Caronte tê-los feito atravessar o rio Aqueronte, entravam no Tártaro, o submundo propriamente dito.

Érebo era também, freqüentemente, usado como sinônimo de Hades.

Caos


Caos segundo Hesíodo, a primeira divindade a surgir no universo, portanto o mais velho dos deuses. A natureza divina de Caos é de difícil entendimento, devido às mudanças que a idéia de "caos" sofreu com o passar da épocas.

Os filhos de Caos nasceram de cisões assim como se reproduzem os seres unicelulares. Nix e Érebos nasceram a partir de "pedaços" de Caos. E do mesmo modo, os filhos de Nix nasceram de "pedaços" seus; como afirma Hesíodo: sem a união sexual. Portanto a família de Caos se origina de forma assexuada.

Caos significa algo como "corte", "rachadura", "cisão" ou ainda "separação", já Eros é o princípio que produz a vida por meio da união dos elementos (masculino e feminino).

Caos é então uma força antiga e obscura que manifesta a vida por meio da cisão do elementos. Caos parece ser um deus andrógino, trazendo em si tanto o masculino como o feminino. Esta é uma característica comum a todos os deuses primogênitos de várias mitologias.

Hércules (Héracles)


Na mitologia grega, Héracles (Hércules, na mitologia romana) era filho de Zeus e Alcmena. Seu pai tomou a forma do marido de Alcmena, Anfitrião (que estava na Guerra dos Sete Chefes), e uniu-se a ela. Ao nascer, Zeus, para torná-lo imortal, pediu a Hermes que o levasse para junto do seio de Hera, quando esta dormia, e o fizesse mamar. A criança sugou com tal violência que, mesmo após Héracles ter terminado, o leite da deusa continuou a correr e as gotas caídas formaram no céu a via-láctea e na Terra, a flor-de-lis.

Foi Héracles o mais célebre dos heróis da mitologia, símbolo do homem em luta contra as forças da natureza.Desde que nasceu teve de vencer as perseguições de Hera. Tanto é que, com oito meses de vida estrangulou com as mãos duas serpentes que a deusa mandou ao seu berço para o matarem. Quando homem, sobressaiu-se pela sua enorme força.

A sua primeira façanha deu-se quando se dirigiu a Beócia, cidade próxima de Tebas, e perseguiu e matou apenas com as mãos um enorme leão que devorava os rebanhos de Anfitrião e de Téspio. A caçada durou cinquenta dias consecutivos, durante que Héracles foi hóspede de Téspio, que aproveitou para unir cada uma das suas cinquenta filhas com ele, de maneira a criar uma aguerrida descendência, conhecidos pelos Tespíadas, que se espalharam até a Sardenha.

Por livrar a cidade de Tebas de um tributo que tinha de pagar à de Orcómeno, o rei da primeira, Creonte (filho de Meneceu), casou-o com a sua filha mais velha, Mégara. Num acesso de loucura provocado por Hera, Héracles matou os filhos tidos com Mégara. Após recuperar a sanidade, Héracles foi a Delfos consultar um oráculo sobre o meio de se redimir desse crime e poder continuar com uma vida normal. O oráculo ordenou-lhe que servisse, durante doze anos, o seu primo Euristeu, rei de Micenas e de Tirinto. Pondo-se Héracles ao seu serviço, o rei, simpatizante de Hera, que não cessava de perseguir os filhos adulterinos de Zeus, impôs-lhe, com a oculta intenção de o eliminar, doze perigosíssimos trabalhos, dos quais o herói saiu vitorioso.

Teseu

Teseu foi na mitologia grega um grande herói ateniense. Seu nome significa "o homem forte por excelência".

Para combater o touro de Creta, foi enviado anteriormente por Egeu, o jovem Androgeu que era filho de Minos e sua esposa Pasífae, reis de Creta. Dizem que o motivo foi a inveja pelo desempenho do jovem nos jogos de Atenas. Como o jovem pereceu tentando matar o touro, seu pai Minos resolveu fazer uma guerra contra Atenas, da qual saiu vencedor. Uma variante do mito dá a morte de Androgeu por motivos políticos, pois este teria se unido aos Palântidas que eram inimigos de Egeu. Minos rumou para Mégara com sua poderosa esquadra e logo partiu para cercar Atenas. Durante a guerra uma peste enviada por Zeus contra os atenienses provocou a derrota de Egeu, o que levou o rei Minos a cobrar uma taxa a cada nove anos. A taxa foi em forma de 7 rapazes e 7 moças atenienses enviados para Creta, onde seriam colocados no labirinto para serem devorados pelo seu filho monstruoso, o Minotauro. Na terceira remessa de jovens, Teseu estava presente e resolveu intervir no problema. Entrou no lugar de um jovem e partiu para Creta para entrar no Labirinto. Na partida usou velas pretas para navegar e seu pai entregou-lhe um jogo de velas brancas, para usar caso saísse vitorioso na missão.

Com efeito, a linda Ariadne, filha do poderoso Minos, apaixonou-se por Teseu e combinou com ele um meio de encontrar a saída do terrível labirinto. Um meio bastante simples: apenas um novelo de lã.

Ariadne ficaria à entrada do palácio, segurando o novelo que Teseu iria desenrolando a medida que fosse avançando pelo labirinto. Para voltar ao ponto de partida, teria, apenas, que ir seguindo o fio que Ariadne seguraria firmemente. Teseu avançou e matou o monstro com um só golpe na cabeça.

Páris


Na mitologia grega, Páris era um dos mais novos filhos do rei Príamo de Tróia. Ele ainda estava saindo da adolescência quando foi escolhido pelas deusas Hera, Atena e Afrodite para eleger qual delas seria a mais bela. Cada deusa, buscando suborná-lo para ser eleita, prometeu-lhe riquezas e vitórias, mas somente Afrodite lhe garantiu que se casaria com a mulher mais bela do mundo se ele a escolhesse: a princesa Helena de Esparta. Então, Páris não hesitou e elegeu Afrodite como a mais bela das três despertando a ira de Atena e de Hera que enviaram seus exércitos gregos para destruí-lo e a Tróia.

Páris, com ajuda do deus Apolo, derrotou Aquiles que foi o mais forte e potente guerreiro grego daquela guerra, atingindo-lhe uma flecha no calcanhar, único ponto em que poderia matá-lo (vingando-se, assim, da morte de Heitor). Conhecido por ser um príncipe que valorizava e apreciava as mulheres, Páris acreditava que os únicos prazeres a que deveria dar algum valor eram os da carne. Entretanto, somente após uma visão atribuída a Apólo, Páris resolve batalhar de forma decisiva na guerra de Tróia. Com Helena, teve quatro filhos: Agano, Bunico, Ideu e Helena.

Menelau

Menelau, rei lendário da Lacedemónia (Esparta), é filho de Atreu e irmão mais novo de Agamémnon. O "rapto" da sua mulher (Helena) por Páris, deu origem à Guerra de Tróia.

Depois da queda de Tróia, recuperou sua esposa (que antes não valorizava) e vagueou durante oito anos pelas costas do mar Mediterrâneo até regressar para casa.

Conta Homero que Menelau não era dos melhores guerreiros, mas era muito nobre e possuía grandes riquezas. Menelau e Helena tiveram uma filha chamada Hermíone.

Jasão

Jasão foi um herói grego da Tessália, filho de Esão, rei do Iolco, e criado pelo centauro Quíron. Existem duas versões sobre sua mãe: ela pode ter sido Alcimede, uma neta de Mínias, ou Polimede, filha de Autólico.

Foi despojado do trono paterno por seu tio Telias ou Pélias. Temendo a profecia de que seria morto por Jasão, o rei Pélias envia o herói, como condição para lhe restituir o trono, para uma missão impossível: trazer o Velo de ouro da distante Cólquida. Em Argos, Jasão constrói a nau Argo e reúne uma tripulação de heróis, conhecida como os argonautas, para acompanhá-lo.

Após várias aventuras, inclusive a primeira passagem pelas Simplégadas (o Bósforo), os argonautas chegam à Cólquida, pensando estar em alguma parte no fim do mar Negro. O rei Eetes da Cólquida exige que Jasão cumpra várias tarefas para obter o Velo, inclusive arar um campo com touros que cospem fogo, semear os dentes de um dragão, lutar com o exército que brota dos dentes semeados e, por fim, passar pelo dragão que guarda o próprio Tosão. Com o Velo nas mãos, Jasão foge com Medéia, filha de Eetes, e enfrenta várias aventuras na volta para casa. Medéia trama a morte do rei Pélias, cumprindo a antiga profecia.

Depois, retirou-se para Corinto e repudiou Medéia para desposar Creúsa, filha de Creonte. Medéia, por vingança, matou Creúsa e os próprios filhos que tivera de Jasão. Muitos anos depois, Jasão é morto por um pedaço de madeira da nau Argo.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Édipo

Édipo é um personagem de um conto grego. Famoso por matar o pai e casar-se com a própria mãe. Filho de Laio e de Jocasta, pai de Etéocles, Ismênia, Antígona e de Polinice.


Segundo a lenda grega, Laio o rei de Tebas havia sido alertado pelo Oráculo de Delfos que uma maldição iria se concretizar: Seu próprio filho o mataria e que este filho se casaria com a própria mãe.

Por tal motivo, ao nascer Édipo, Laio abandonou-o no monte Citerão pregando um prego em cada pé para tentar matá-lo. O menino foi recolhido mais tarde por um pastor e batizado como Edipodos, o de "pés-furados", que foi adotado depois pelo rei de Corinto e voltou a Delfos. No caminho, Édipo encontrou um homem e, sem saber que era o seu pai, brigou com ele e o matou, pois, Laio o mandou sair de sua frente.

Após derrotar a Esfinge que aterrorizava Tebas, que lançara um desafio ("Qual é o animal que tem quatro patas de manhã, duas ao meio-dia e três à noite?"), Édipo conseguiu desvendar, dizendo que era o homem. "O amanhecer é a criança gatinhando, entardecer é a fase adulta, em que usamos ambas as pernas, e o anoitecer é a velhice quando se usa a bengala".

Conseguindo derrotar o monstro ele seguiu à sua cidade natural e casou-se, "por acaso", (já que ele pensava que aqueles que o haviam criado eram seus pais biológicos) com sua mãe, com quem teve quatro filhos. Aquando da consulta do oráculo, por ocasião de uma peste, Jocasta e Édipo descobrem que são mãe e filho, ela comete suicídio e ele fura os próprios olhos por ter estado cego e não ter reconhecido a própria mãe. Após sair do palácio, Édipo é avisado pelo Corifeu que não é mais rei de Tebas; Creonte ocupara o trono, desde então. Édipo pede para ser exilado, mandado embora. Pede, ainda, para que Creonte cuide das suas duas filhas como se fossem suas próprias.

Belerofonte

Na mitologia grega, Belerofonte foi um herói, venerado na Lídia e em Corinto, filho de Posídon, adoptado por Glauco, filho de Sísifo, da casa governante de Corinto, dono do cavalo alado Pégaso, que encontrou junto à fonte de Pirene, a qual teria nascido de um coice seu e da qual se dizia que, quem dela bebesse, se tornaria poeta, como é referido nos Lusíadas, de Camões.

A Ilíada refere-se aos laços de hospitalidade que teria tido com Eneu, rei de Cálidon. A sua mãe, filha de Niso, rei de Mégara, é por vezes chamada de Eurimedeia ou Burínome. Era irmão de Belero (também chamado de Alcímenes, Piren ou Delíades), tirano da sua cidade natal, que matou involuntariamente – o seu nome, Belorofonte, pode ser interpretado, aliás, como "aquele que matou Belero".

Considerado impuro devido a esta morte, teve de abandonar a cidade e procurar refúgio na corte do rei Preto, que o acolheu e o "purificou". A mulher do rei, Estenebeia ou Anteia, como a designa Homero, tentou seduzi-lo, mas, sendo repudiada, queixou-se a Preto que, agravado pela suposta afronta, o enviou para a corte de Ióbates, rei da Lícia, seu sogro, com o pedido de que o matasse.

Ióbates, contudo, só leu o pedido do genro depois de o ter recebido como hóspede e ter partilhado com ele uma refeição – logo, segundo a lei sagrada da hospitalidade, não o poderia matar. Movido, contudo, pelo desejo de Preto, Ióbates encarrega-o de uma empresa da qual Belerofonte muito dificilmente sairia vivo: matar o monstro Quimera, que devastava a região, atacando rebanhos. Belorofonte, contudo, com o seu cavalo, voou sobre o monstro e matou Quimera facilmente, com um só golpe.

Ióbates encarregou-o, então, de várias empresas arriscadas, tentando em vão que este fosse morto: envia-o em luta contra o povo guerreiro dos Sólimos, que derrota; depois, contra as amazonas, que também chacina em grande número. Desesperado, Ióbates organiza uma emboscada com alguns dos mais corajosos dos lídios, que perecem, contudo, perante a bravura de Belerofonte. Preto fica convencido, então, de que Belerofonte só pode ter origem divina e, justificando-se com a carta do seu genro, dá-lhe a mão da sua filha, Filonoé ou Anticleia, de quem teria os filhos Isendro e Hipóloco, bem como Laodamia, mãe de Sarpédon.

Belorofonte terá, em seguida, querido vingar-se de Estenebeia que, ou se suicidou (segundo alguns) ou, tentando fugir no cavalo alado de Belorofonte, caiu ao mar onde morreu.

Orgulhoso dos seus feitos, decidiu voar até o Olimpo montando Pégaso, mas Zeus, ofendido, enviou uma vespa para picar Pégaso e ele caiu no chão, que por mando de Atena tornou-se macio, portanto Belorofonte não morreu com a queda, mas sim como um mendigo aleijado procurando Pégaso.

Argonautas



Na mitologia grega, Argonautas eram tripulantes da nau Argo que, segundo a lenda grega, foi até à Cólquida (actual Geórgia) em busca do Velo de Ouro.

A saga dos argonautas descreve a perigosa expedição rumo à Cólquida em busca do Velo de Ouro. Conta o mito que Éson havia sido destronado por Pélias, seu meio irmão. Seu filho Jasão, exilado na Tessália aos cuidados do centauro Quíron, retornou ao atingir a maioridade para reclamar ao trono que por direito lhe pertencia. Pélias então, que tencionava livrar-se do intruso, resolveu enviá-lo em busca do Velo de Ouro, tarefa deveras arriscada. Um arauto foi enviado por toda a Grécia a fim de agregar heróis que estivessem dispostos a participar na difícil empreitada. Dessa forma, aproximadamente cinquenta jovens se apresentaram, todos eles heróis de grande renome e valor. Cada um deles desempenhou na expedição uma função específica, de acordo com suas habilidades.

A Orfeu , por exemplo, que tinha o dom da música, coube a tarefa de cadenciar o trabalho dos remadores e de, principalmente, sobrepujar com sua voz, o canto das sereias que seduziam os navegantes. Argos construiu o navio e por isso, em sua homenagem, a embarcação recebeu seu nome. Tífis, discípulo de Atena na arte da navegação foi designado piloto. Morto na Bitínia, foi substituído por Ergino, filho de Posídon. Castor e Pólux, gêmeos filhos de Zeus e Leda, atraíram a proteção do pai durante a tempestade que a nave foi obrigada a enfrentar. Destacavam-se ainda entre os heróis: Admeto, filho do rei Feres; Ídmon e Anfiarau, célebres adivinhos ; Teseu , considerado o maior herói grego; Hércules que não completou a expedição; Etálides, filho de Hermes que atuou como arauto; os irmãos Idas e Linceu e, é claro, Jasão, chefe e comandante da expedição.

Aquiles

Na mitologia grega, Aquiles foi um herói da Grécia, um dos participantes da Guerra de Tróia e o personagem principal e maior guerreiro da Ilíada, de Homero.

Aquiles tem ainda a característica de ser o mais belo dos heróis reunidos contra Tróia, assim como o melhor entre eles.

Lendas posteriores (que se iniciaram com um poema de Estácio, no século I d.C.) afirmavam que Aquiles era invulnerável em todo o seu corpo, exceto em seu calcanhar; ainda segundo estas versões de seu mito, sua morte teria sido causada por uma flecha envenenada que o teria atingido exatamente nesta parte de seu corpo. A expressão "calcanhar de Aquiles", que indica a principal fraqueza de alguém, teria aí a sua origem.

Agamemnon

Agamemnon foi um dos mais distintos heróis gregos, filho do rei Atreu de Micenas e da rainha Érope, e irmão de Menelau. Não há registos que provem que tenha de facto existido, mas é provável que tenha sido o rei de Micenas a comandar o épico cerco dos Aqueus à cidade de Tróia.

Atreu, o pai de Agamemnon, foi assassinado por Egisto, que se apoderou do trono de Argos e governou juntamente com o seu pai Tiestes. Durante este período, Agamenon e Menelau procuraram refúgio em Esparta. Casaram-se com as princesas espartanas Clitemnestra e Helena, respectivamente. Agamenon e Clitemnestra tiveram quatro filhos: três filhas, Ifigênia, Electra, Crisotêmis e um filho, Orestes.

Menelau herdou o trono de Esparta, enquanto Agamémnon, com a ajuda do irmão, expulsou Egisto e Tiestes para recuperar o reino do seu pai. Alargou os seus domínios pela conquista, e tornou-se o rei mais poderoso da Grécia.

Contudo, a história da família de Agamémnon, indo até o lendário rei Pélope, tinha sido manchada por violação, assassínio, incesto, e traição. Os gregos acreditavam que este passado violento lançou infortúnios sobre a inteira Casa de Atreu.